Teorias sobre os incríveis corredores africanos
Muito
se fala sobre a hegemonia africana nas provas de fundo e meio fundo.
Neste post, teremos os relatos de pesquisadores, atletas, ex atleta e a
minha, tentando esclarecer pontos sobre estes super corredores. Vamos a
eles:
Luiz Augusto Riani Costa, especialista em
medicina esportiva e fisiologia do exercício: “Composição de fibras
musculares que favorece o esforço intenso por longos períodos; a
distribuição e a densidade aumentada de glândulas sudoríparas, que
ajudam no resfriamento do corpo; a composição óssea, mais leve e cuja
organização, com quadris curtos e membros compridos, melhora a
eficiência do movimento; o tronco muitas vezes mais curto, como que
priorizando o que é necessário para correr e reduzindo o que importa
menos nessa tarefa. O fato de algumas tribos viverem em grandes
altitudes pode favorecer a produção de hemácias, responsáveis pelo
transporte de oxigênio no sangue, o que facilitaria o desempenho em
altitude normal, ao permitir maior oferta de oxigênio aos músculos,
porém muitos atletas passam a treinar em outros locais sem prejuízo no
desempenho. Além disso, locais como México e Bolívia também têm pontos
altos, mas seus atletas não acompanham os quenianos”;
Yannis
Pitsiladis, professor da Universidade de Glasgow que há anos estuda a
preponderância de quenianos no atletismo: “Há várias pesquisas em
andamento, mas até agora não há evidências de predisposição genética.
Estudos com corredores de longa distância do Quênia e da Etiópia e com
velocistas da Jamaica, da Nigéria e dos EUA não detectam nesses atletas
perfis particulares. Ao contrário, evidenciam uma grande diversidade
genética. Fatores ambientais e comportamentais, como tradição e práticas
culturais; razões econômicas, como pobreza e longas distâncias
percorridas desde a infância; vantagens geográficas (a altitude das
regiões onde vivem e treinam) e anatômicas (morfologia das pernas e peso
reduzido)”;
Luiz Antonio dos Santos, ex recordista
Sul-americano de maratona e bi-campeão da maratona de Chicago: “Não tem
segredo. É trabalho. As meninas ganham porque treinam com homens. O
negócio é feio. Tudo o que vi lá foi o povo treinando. De sofrer, de
chorar num treino”.
Visão dos atletas africanos: “Somos bons
porque corremos desde sempre, seja para escolas distantes até 10 km de
nossas casas, seja atrás de animais para ajudar a família a produzir
sustento”.
Minha
visão: Tudo isso junto, pois o desempenho no esporte requer a
integração de n fatores como os treináveis – fisiológicos, psicológicos e
biomecânicos - aprendizagem técnica e tática e as questões ambientais,
genéticas e cronológicas.
Para se informar mais profundamente aqui!
Bons treinos com pegada queniana para todos!
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