terça-feira, 13 de novembro de 2012

MARATONAS NOTICIASs


Brian Snyder/Reuters
A maratona tem um novo recordista, mas seu tempo pode não ser validado. O queniano Geoffrey Mutai cravou nesta segunda-feira 2h03min02, 0min57 mais rápido que a marca do etíope Haile Gebrselassie. O problema é que os 42 quilômetros foram percorridos em Boston e a Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo) não entende o trajeto como um dos elegíveis para a quebra de recorde.
Essa prova nos Estados Unidos, diferente da Maratona de Boston que faz parte do circuito de Maiores Maratonas do Mundo, passa por subidas e descidas a mais em relação as outras provas. Vantagens e desvantagens também causadas pelas rajadas de vento no local.
Além disso, o percurso não tem o ponto de chegada e de largada a uma distância inferior à metade do trajeto total. Isso, no caso, muda a altimetria da prova.
Tanto a Iaaf quanto a USA Track&Field não costumam a reconhecer marcas em provas não referendadas. Elas ainda promete analisar a questão.
Fato é Mutai superou uma marca de uma lenda do esporte e que havia sido conquistada em 2008, em Berlim. Já no final da prova, o queniano travou uma disputa calcanhar a calcanhar com seu compatriota Moses Mosop para completar a prova.
De volta às atividades do blog, inclusive de volta aos treinos, me deparo com a polêmica sobre a cantora Sandy fazendo propaganda da Devassa. Para muitos, o rosto angelical e o comportamento de boa moça em nada combinam com a proposta da cervejaria. Pois ainda mais esquisito é o recordista mundial de maratona Haile Gebrselassie no comercial do uísque Johnnie Walker.
O etíope assinou contrato de US$ 100 mil pela campanha mundial, veiculada no Brasil nas tevês e nas principais revistas semanais.
Apesar das críticas em seu país, Haile desconversou e disse ser só o garoto-propaganda da marca. Ele acredita que não será uma influência negativa para jovens que queiram seguir seu exemplo no esporte.
“Se as pessoas ficam bêbadas, isso não é culpa minha. Todos devem beber com o responsabilidade”, disse um bem orientado Haile, em sua página no Twitter, na época do lançamento.
24.fevereiro.2011 18:17:26

Vai ou não vai, Haile?

Stephen Chernin/AP – 7/11/2010
Haile Gebrselassie anunciou a aposentadoria após sua decepção em Nova York. Dias depois, voltou atrás e decidiu retomar a carreira. Ficou sem competir desde então, cuidou da lesão nos joelhos e confirmou presença na Maratona de Tóquio, que acontece neste domingo. Mas agora, adivinha o que aconteceu. Pois é. O etíope, recordista mundial dos 42 quilômetros não vai mais participar da prova.
Uma queda de joelhos em uma pedra é o motivo oficial da desistência. Incerto, no entanto, é falar sobre o futuro do corredor de 37 anos. Algumas idas e vindas marcaram a carreira do homem que estabeleceu 27 recordes mundiais dos 3.000 metros à maratona.
“Estou realmente desapontado por não voltar na Maratona de Tóquio. Estava me sentindo bem nos treinos e queira mostrar algo especial neste fim de semana. Quero pedir desculpas aos meus fãs japoneses, mas, infelizmente, não vai ser possível”, disse Haile em sua conta no Twitter.
Haile ainda explicou que treina em diferentes terrenos nos arredores de Adis Abeba e não raro acontecem quedas. Ele disse ainda que não se importa com milhas ou quilômetros e só pensa em correr por mais de três horas.
Mas mais esse tropeço também desanimou seus empresários e agentes que já demonstraram uma certa pressa pela volta do corredor.
“Temos que esperar e ver quão rápido ele se recupera”, disse Marleen Rennings, uma espécie de porta-voz do grupo que assessora o atleta. “Ele não voltou agora por pouco. Creio que ele fica de quatro a seis semanas parado. Foi uma queda extremamente infeliz porque ele estava em ótima forma”, lamentou.
Mike Segar/Reuters – 7/11/2010
Lembra do mineiro Edison Pena, um dos 33 resgatados naquele trágico resgate no Chile no ano passado? Pois é, agora, mais bem preparado, ele planeja disputar a Maratona de Tóquio, no domingo. Sua estreia nos 42 quilômetros foi em Nova York, mas por pura curtição ou, quem sabe, até por uma jogada de marketing dele próprio.
Pena, de 35 anos, arriscava suas corridinhas na mina em que ficou soterrado com seus colegas de trabalho. Sem lá muita orientação, acreditou que dava para encarar as subidas e descidas da Big Apple numa boa. Por pouco não se deu muito mal, mas na base da bravura terminou o percurso em 5h40.
Acontece que Pena, como muitos de nós mesmos, se encantou pela corrida. Ele garante que percorre 6 milhas (pouco mais de 9 quilômetros) todos os dias. O convite para participar da prova em Tóquio veio da Remo System, uma marca de acessórios esportivos do país. A empresa promete doar dois mil pares de tênis para crianças carentes no Chile em nome da honra do mineiro.
De volta. Para a Maratona de Tóquio, o etíope Haile Gebrselassie estará de novo nas ruas. Essa será a primeira aparição do recordista mundial da distância após uma conturbada aposentadoria no fim do ano passado. Ele abandonou a Maratona de Nova York no quilômetro 25, anunciou o fim da sua vitoriosa carreira e voltou atrás dias depois.
Mary Altaffer/AP – 7/11/2010
Pronto. Acabou a aposentadoria de Haile Gebrselassie. O etíope ficou exatos oito dias com o tênis pendurado, desde o decepcionante desempenho em Nova York. A maratona volta a contar com a simpatia de um dos maiores fundistas de todos os tempos.
“Depois de alguns dias em casa, pude tomar algumas decisões. Correr está no meu sangue e eu decidi continuar competindo”, disse Haile em seu Twitter. “Meu anúncio em Nova York foi minha primeira reação depois do desapontamento da corrida. Quando meu joelho melhorou, voltei e focar minha próxima corrida”, completou.
A expectativa agora é para que Haile dispute Londres 2012, quando terá 39 anos. A medalha da maratona olímpica é um antigo sonho do corredor que venceu tudo dos 1,5 aos 42 mil metros.
Mas a insistente dor no joelho preocupa seus fãs – e também empresários, é bom que se diga. “A maratona de Londres será muito dura, mas é uma medalha que ele não pode descartar. Se terminar a carreira com um bronze, já seria fantástico”, disse Jos Hermens, responsável pela carreira do recordista mundial.
10.novembro.2010 15:08:27

Quando as dores não deixam

Haile Gebrselassie anunciou sua aposentadoria das corridas de rua no domingo. Três dias depois, seus agentes dizem que o atleta pode reconsiderar a decisão. Entre interesses contratuais e a própria vontade do campeão, as dores no joelho. Afinal, o que estaria acontecendo com o etíope?
Haile abandonou a Maratona de Nova York no quilômetro 26 devido as insistentes dores no joelho. Dali mesmo, aos prantos, estava certo da sua aposentadoria. Dias antes, no entanto, tentava esconder o fim de uma carreira que contempla marcas históricas no atletismo.
“Estamos tratando de convencê-lo de poder ver cumprido o sonho de ser campeão da maratona olímpica ou, ao menos, subir no pódio de Londres”, disse Miguel Angel Mostaza, um dos representantes do atleta. “O anúncio da sua retirada foi uma reação a um momento quente, fruto da dor por não conseguir realizar o seu trabalho”, insistiu.
Em 2012, Haile terá 39 anos, acima da média para um corredor de alto nível em longas distâncias. O corredor não parece lidar muito bem com a aposentadoria, mas também não quer mais todas as exigências da profissão. Adeus natural e até digno quando as dores não deixam. Ainda assim, a volta não é impossível.
“Pode acontecer como com esses toureiros que decidem se retirar depois de sofrer uma chifrada e depois voltam às touradas passados sete meses. Temos que animar Gebre para que ele siga”, disse o manager espanhol.
Abebe Bikila puxou a fila ainda nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960. O etíope, que teve a história contada em O Atleta, despertou o interesse de todo o continente africano para as corridas de rua. Um salto no tempo, muitas outras conquistas e o compatriota Haile Gebrselassie continuou a escrita. Mas a aposentadoria chegou para ele. O curioso é que ela chega no mesmo dia em que surge um novo candidato a imperador no seu país: Gebre Gebremariam, vencedor da Maratona de Nova York.
Aos 37 anos, Gebrselassie sentiu nos joelhos o desafiador percurso da última das Maiores Maratonas do Mundo. Por volta do quilômetro 26, não foi a perseguidora tendinite que falou mais alto. Foi a certeza de que toda uma história de sucesso não poderia ser apagada por um rendimento sequer aquém do esperado. Foram dois ouros olímpicos nos 10 mil metros (Atlanta 1996 e Sydney 200), 27 recordes mundiais (dos 3.000 metros à maratona), quatro campeonatos mundiais e 2h03min58 na Alemanha. Teve dignidade, mesmo tendo relutado em pendurar os tênis.
“Nunca pensei em aposentadoria. Mas pela primeira vez, este é o dia. Deixe-me parar e fazer outros trabalhos depois disso. Eu me esforcei bastante para vencer esta corrida, mas não deu certo. É hora de sair e dar oportunidades para os jovens”, disse Haile.
Novato, sem nenhum título de expressão até então, Gebremarian está longe de feitos como de seus compatriotas Haile e Bikila. Talvez, e até mais provável, nem nunca chegue aos pés dos dois. Mas se o ídolo de toda uma nação pôde parar com tranqüilidade é também por conta do feito de mais uma página de sucesso na história do atletismo na Etiópia.
É o tal do legado olímpico. Um tanto às avessas, por competência e destino dos atletas, mas com uma certa dose de inspiração e olhar dos ídolos.
O brasileiro. Marilson Gomes dos Santos sofreu com o frio de 4 graus Celcius na hora da largada. Ainda assim, esteve o tempo todo no pelotão de frente e terminou em uma honrosa sétima colocação. Ele era o único em Nova York que corria pelo terceiro título da prova.
“Das vezes em que competi aqui, esta foi a prova mais fria”, disse o campeão de 2006 e 2008.
01.novembro.2010 19:36:29

Um campeão exemplar

Susana Vera/Reuters – 25/4/2010
“Por que deveria me aposentar? Por que deveria dizer que vou parar em três ou quatro anos? Você se aposenta no exato momento em que diz essas palavras”. A frase é de ninguém menos que Haile Gebrselassie, bicampeão olímpico (1996 e 2000), tetracampeão dos 10 quilômetros (1993, 1995, 1997 e 1999) e atual recordista da maratona com o tempo de 2h03min59.
Aos 37 anos, o etíope é um exemplo não só de disposição para encarar a sacrificante rotina de treinamentos. Mais do que isso, ele é uma referência no modo de encarar e jamais desistir da vida. Há pelo menos 15 anos, Haile é o cara no que faz. E pensar que tem gente que não consegue repetir o caminho de casa para o trabalho.
Mas sua história de corrida começa muito antes disso. E ele ainda nem pensava em desenvolver ali uma profissão. Ainda criança, saia da pequena aldeia em que morava com a família e percorria dez quilômetros para chegar até a escola. Segundo ele próprio, com isso ganhou um hábito incomum de “prender” o braço junto ao corpo na hora da atividade. Por que? Porque carregava os livros.
Na sua primeira prova, aos 16 anos, nos 1.500 metros, ganhou um par de tênis e uma camiseta por ter derrotado corredores mais velhos. Com a vida ganha, ele ainda não se esquece do seu povo. Mantém seus negócios na Etiópia empregando familiares e amigos, além de cuidar de escolas e creches na capital Adis-Abeba.
Agora, Gebrselassie se prepara para estrear na badalada Maratona de Nova York, que acontece em 7 deste mês. Mais um desafio para esse campeão exemplar.
30.outubro.2010 18:53:32

Encontro com a sua história

Petros Giannakouris/AP
O nome todo mundo conhece. Passou até a ser sinônimo de rotina intensa, correria, resistência. Mas poucos sabem mesmo a sua história. Pois a Grécia se reencontra com o seu próprio passado ao celebrar os 2.500 anos da maratona original. 
Conta a história que, em 490 antes de Cristo, na Baía de Maratona, os gregos bateram o temido exército persa. Ávidos para dar a notícia, o soldado Fidípides foi designado a correr até Atenas, a míticos 42 quilômetros, para dar a boa notícia. Cantou a vitória e caiu morto. 
Mas foi só em 1896, na histórica capital grega, que o desafio entrou para o cronograma oficial da Olimpíada. Naquela época, o anfitrião Spiridon Louis fez o tempo de 2h58. Em Pequim, 112 anos depois, o queniano Samuel Wanjiru bateu o recorde da competição com 2h06min32. O etíope Haile Gebrselassie é o dono da melhor marca com 2h03min59.
O percurso da 28.ª edição da Athens Classic Marathon reproduz o lendário caminho que o soldado teria percorrido. Cerca de 12.500 atletas são esperados amanhã para uma memorável chegada no estádio Panathinaikos, construído sobre as ruínas da Grécia Antiga.  
Independente dos Jogos ou da prova grega, o circuito das Maiores Maratonas do Mundo – que reúne as provas de Boston, Londres, Berlim, Chicago e Nova York – é o que mais chama atenção dos atletas profissionais. É uma espécie de ranking da Iaaf. 
Viagem no tempo. Em uma das cerimônias de comoração pela data, um encontro de atletas de diferentes gerações também se fez presente. A norte-americana Joan Benoit Samuelson, primeira vencedora da maratona olímpica, em 1984, e a romena Constantina Dita, campeã em Pequim 2008, acenderam a pira olímpica. 
Provas para amantes da corrida, no entanto, também têm seu espaço. A cada final de semana, amadores calçam seus tênis para desafiar os limites do próprio corpo e se entregarem ao prazer que a atividade física proporciona.
12.outubro.2010 20:36:50

Nova York desfalcada

Robert Cheruiyot conquistou quatro vezes a Maratona de Boston – 21/4/2008
Velho conhecido dos brasileiros, três vezes campeão da São Silvestre (2002, 2004 e 2007), Robert Kipkoech Cheruiyot anunciou que não disputará a tradicional Maratona de Nova York. O queniano, de 32 anos, é o atual vice-campeão da prova. Seu compatriota Martin Lel também está fora da competição.
Em Pequim 2008, uma das poucas vezes que competiu oficialmente por seu país, Cheruiyot abandonou a maratona por conta desta mesma dor na virilha. Lel ainda se recupera de uma lesão no joelho direito.
Mas nem tudo são baixas para a prova de 7 de novembro. O recordista, lenda e sopa de letrinhas Haile Gebrselassie, da Etiópia, é uma das atrações da prova. Ao lado dele, estará Meb Keflezighi, dos Estados Unidos, que promete lutar para manter o título – além, é claro, do brasileiro Marilson Gomes.

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