terça-feira, 27 de novembro de 2012

MARATONA DE ROTERDÃ 2011


11/04/2011

Maratona de Roterdã tem melhor tempo do ano

Dupla dobradinha queniana

Os corredores quenianos fizeram a festa neste final de semana em algumas das mais concorridas maratonas do mundo. Numa multidobradinha sensacional, venceram no masculino e no feminino em Paris e em Roterdã, para ficar apenas nas provas de mais destaque.
Na  veloz corrida holandesa, Wilson Chebet mandou ver e estabeleceu o melhor tempo deste ano: 2h05min27, que também é o seu recorde pessoal (foto AP, no alto).
A prova é disputada em duas voltas, o que não me agrada muito, mas tem beleza de sobra, como você pode ver na foto acima, que mostra a multidão cruzando a ponte Erasmo (foto AFP), imagem sempre bacana nessa corrida que já se estabeleceu como uma das mais rápidas do planeta.
Para completar as cenas de Holanda, divirta-se com a alegria de Philes Ongori, que explodiu ao cruzar a linha de chegada em 2h24min20, um ótimo tempo para quem fez ontem seu debute na distância (foto Reuters).
Reunindo alguns dos mais rápidos corredores do planeta, a prova tentava ontem ser palco para quebra do recorde mundial, oferecendo prêmio de US$ 350 mil para quem derrubasse a marca de Haile Gebrselassie. E a turma saiu com ganas, passando o km 10 quatro segundos abaixo da passagem de Haile, ampliando a vantagem para 14 segundos no km 15, mas deixando cair para dez segundos no km 20.
A partir daí, a coisa desandou; perderam mais dois segundos em apenas um quilômetro e, quando chegarão ao km 25, tinham apenas um segundo de vantagem em relação ao ritmo do recorde... Não ia dar. E não deu mesmo, mas foi uma bela corrida.

Agora beleza mesmo se viu em Paris, onde cerca de 40 mil pessoas participaram da maratona que começa na avenida de Champs Elysees (foto AP), com o Arco do Triunfo ao fundo.
Durante algum tempo, chegou a haver expectativa de recorde de prova nas ruas da Cidade Luz, mas o projeto também não se confirmou. O duelo entre corredores de Quênia e Etiópia, tão esperado, também não foi tão vibrante assim.
Tanto no masculino quanto no feminino, o que se viu foi uma corrida de pelotão. No masculino, a massa de líderes seguiu compacta até o km 30; depois, foi se esfarelando aos poucos até que ficaram apenas três corredores, liderados pelo queniano Benjamin Kiptoo. Ele deu uma arrancada, duas arrancadas, e os perseguidores Bernard Kipyego, seu compatriota, e Eshetu Wendimu, etíope que tentava defender o título, não acompanharam.
Então Kiptoo (foto AP) partiu, sem medo de ser feliz. Completou em 2h06min31, novo recorde pessoal na sua sexta vitória em maratonas.
No feminino, a história foi semelhante. Cinco corredoras se destacaram do pelotão de elite e foram juntas por mais da metade da prova.
Sem pressa, o ritmo foi sendo força aos poucos, e o grupo líder caiu para quatro atletas, depois para três, com a etíope Koren Yal puxando às vezes, deixando oportunidade para Agnes Kiprop, a mais veloz do grupo, também dar suas arrancadas.
Mas foi a serena Priscah Jeptoo (foto AFP) que se saiu melhor nas escaramuças, chegando ao Bois de Boulogne já com uma margem razoável.
Subia o ritmo pouquinha coisa e fechou em 2h22min55, segundo melhor tempo da história em Paris e recorde pessoal dessa corredora que, depois da prova, parecia exibia uma serenidade que a mim impressionou. Só foi sorrir quando entrevistada pela TV: “Estou muito feliz hoje, pois não esperava vencer”, disse ela.
Escrito por Rodolfo Lucena às 12h52
10/04/2011

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