Cálculos matemáticos ajudam atletas a melhorar desempenho
25 de Outubro de 2010, 12:37
Para aqueles que acreditavam que não havia sentido em aprender matemática na escola, pelo menos os maratonistas encontraram uma boa aplicação das contas na vida real.
Através de algumas contas, o maratonista pode calcular exactamente o quanto pode correr e em que ritmo. Essa diferença pode evitar que ele bata na parede, e na verdade conquiste o seu objectivo.
Ao levar em conta a energia necessária para correr uma maratona, a capacidade do corpo de armazenamento de energia e a potência do corredor, os pesquisadores foram capazes de calcular com precisão quantos hidratos de carbono ricos em energia um corredor precisava comer antes do dia da corrida, e o quão rápido ele teria que correr para completar os 42 quilómetros da maratona.
A capacidade de correr longas distâncias depende principalmente de três factores. O principal deles é o que separa os corredores amadores dos atletas de elite: a capacidade aeróbia. Ela é como a potência de um motor: é a taxa máxima em que os músculos podem oxigenar para continuar a trabalhar.
O próximo factor é o custo energético da corrida, que seria o equivalente a quantidade de quilómetros que um automóvel consegue fazer com um litro de combustível. O último factor é o tanque de combustível do corpo: o espaço disponível para armazenamento de hidratos de carbono, especialmente glicogénios armazenados no fígado e nos músculos, que são os principais combustíveis do corpo durante o exercício.
Ao combinar esses factores, os pesquisadores criaram um modelo matemático de quanto tempo e quão rápido os maratonistas de qualquer tamanho podem correr sem bater na parede. O modelo também ajuda a definir o consumo ideal hidratos de carbono nos dias que antecedem a corrida.
Além disso, o modelo revela uma base fisiológica para um dos maiores desafios de corrida, a Maratona de Boston. Homens com idades entre 19 e 34 anos que querem correr na Maratona de Boston devem ter um tempo de qualificação de 3 horas e 10 minutos ou menos. As mulheres da mesma faixa etária devem ter um tempo de qualificação de 3 horas e 40 minutos ou menos. Estes números são baseados em corredores de ponta, mas fazem sentido fisiologicamente.
Segundo os desenvolvedores do modelo, o interessante é que os gráficos e cálculos utilizaram princípios da ciência básica e os aplicaram em algo útil para corredores, profissionais ou não.
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