Iten, o trunfo dos quenianos
Um empurrãozinho a mais. Esse é o papel da cidade de Iten, conhecida por “Terra dos Campeões”. Localizada no Quênia, a 300km da capital Nairóbi, recebe atletas de diferentes países africanos em busca do sucesso no atletismo. O segredo da cidade está no aspecto geográfico: situada a 2.400 metros acima do nível do mar, faz com que os corredores consumam mais energia nos treinos. Logo, ao participarem de uma prova em local de baixa altitude, a disposição e rapidez dos atletas é muito maior.
Em Iten, é comum ver maratonistas disputando provas de até 10km aos sábados. O treino é diário, ou seja, de segunda a domingo. Em um país marcado pela pobreza, correr tornou-se um símbolo de vitalidade e esperança por um futuro melhor. Apesar de não figurar entre as dez nações africanas com pior índice de desenvolvimento humano do mundo, o Quênia amarga a 143ª posição no ranking global.“É uma forma de sair da pobreza. Acredito que nossa vida melhorou muito por causa do atletismo, e vai melhorar muito nos próximos anos”, disse o ex-maratonista Douglas Wakiihuii, em entrevista ao SporTV News.
Para se ter uma ideia do sucesso dos quenianos nessa modalidade, somente nos Jogos de Londres, eles conquistaram 11 medalhas, todas elas no atletismo. O país detém nada menos do que 79 das 86 presenças em pódios do atletismo na história das Olimpíadas. Em Londres, teve como destaque o corredor David Rudisha, que levantou o público do Estádio Olímpico ao quebrar o primeiro recorde mundial e levar o ouro na prova dos 800 metros.
Os quenianos ainda tiveram um desempenho invejável na Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro, ocorrida nesse domingo (19). Eles venceram tanto a prova masculina como a feminina. Na disputa masculina, Wilson Erupe terminou em primeiro lugar com 1h01min46s, apenas 2 segundos à frente do seu compatriota Mark Korir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário