quinta-feira, 18 de outubro de 2012

MAMO WOLDE

Mamo Wolde


Mamo Wolde
campeão olímpico
Atletismo
Modalidade 10.000 m maratona
Nascimento 12 de Junho de 1932
Diri Jille
Nacionalidade Etiópia etíope
Falecimento 26 de maio de 2002 (69 anos)
Adis Abeba
Compleição Peso: 54 kg Altura: 1,70m
Medalhas
Jogos Olímpicos
Ouro Cidade do México 1968 maratona
Prata Cidade do México 1968 10.000 m
Bronze Munique 1972 maratona
Degaga 'Mamo' Wolde (Diri Jille, 12 de junho de 1932 - Adis Abeba, 26 de maio de 2002) foi um fundista etíope, campeão olímpico da maratona dos Jogos Olímpicos da Cidade do México em 1968, conquistando também a medalha de prata nos 10000 m dos mesmos Jogos.[1]

Índice

Carreira

Nascido numa pequena vila etíope, Wolde foi para a capital Adis Abeba em 1951, alistar-se na Guarda Imperial etíope. Em 1953, integrado à força militar, serviu nas forças internacionais de paz na Coréia.
Foi pela primeira vez aos Jogos Olímpicos em 1956, em Melbourne, Austrália, participando dos 800 m, 1500 m e do revezamento 4x400 m, sem conseguir maior sucesso. Em 1960 não participou dos Jogos, e a partir daí começou a se dedicar às distâncias mais longas.
Em Tóquio 1964, Wolde chegou em quarto lugar nos 10000 m e assistiu seu compatriota e companheiro de Guarda Imperial Abebe Bikila tornar-se pela segunda vez campeão olímpico da maratona. Em 1968, depois de conquistar uma medalha de prata nos 10000 m, ele tornou-se o segundo etíope a vencer a maratona olímpica, correndo no ar rarefeito da Cidade do México.
Nos Jogos Olímpicos de 1972, em Munique, Wolde ganhou a medalha de bronze na maratona, aos quarenta anos de idade. Apesar de reclamar depois de ter sido prejudicado pelos tênis de corrida, impostos pela direção de sua equipe e apertados demais em seus pés - mesmo problema de Bikila em 1960, que o fez correr descalço na época - o que o impediu de vencer a prova, ele se tornou o segundo homem após Bikila a conquistar duas medalhas seguidas na maratona olímpica.

Prisão

Em 1993, Mamo Wolde foi preso, acusado de participar de uma execução durante o Terror Vermelho, uma campanha política de violência contra adversários, liderada por Mengistu Haile Mariam, chefe da Junta Militar que assumiu o poder em 1977 na Etiópia.
Wolde defendeu-se afirmando que embora estivesse presente durante o citado crime, não teve nenhuma participação nele. Entretanto, no começo de 2002, foi julgado e condenado a seis anos de prisão, sendo libertado em seguida por já ter passado nove anos preso sem julgamento, desde o fim de 1992, o que havia motivado diversos protestos da Anistia Internacional no período.
Morreu pouco tempo depois de libertado, em maio daquele ano, de doença de causa desconhecida, aos 69 anos de idade. Enterrado ao lado de seu amigo, superior militar e inspirador Abebe Bikila, o caminho de seu féretro até o cemitério foi ladeado por milhares de etíopes, como uma guarda de honra civil.

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